Olá líder, gerente, diretor ou gestor em geral, como está o seu trabalho?
Você sabe qual o resultado que a sua empresa ou área de trabalho está entregando?
Você sabe qual o resultado que deveriam estar entregando no dia, na semana ou no mês?
Seus liderados sabem o que esperamos deles?
Pois bem, se você ou seus liderados não conseguem medir seus resultados, aqui vai um conceito para vocês: a Gestão Visual.
A gestão visual é a arte de transformar a sua área em uma área dinâmica, onde facilmente se entende sobre aquilo que esperamos e aquilo que alcançamos. Em resumo, vamos entender em um simples olhar, isto é, sem perguntar a ninguém, se o nosso posto de trabalho está funcionando de acordo ou não com o planejado.
Para isso, utilizaremos elementos visuais como luzes, cores e ordenação alfabética ou numérica e, em alguns casos, até mesmo elementos audíveis, como buzinas para transmitir a informação necessária.
Estes elementos visuais são aplicados nas seguintes técnicas:
Quadros de Gestão à Vista
Utilizamos os quadros para tornar visual aquelas informações que normalmente são escritas. Sobretudo, os 3 tipos de quadros mais utilizados são:
Metas ou indicadores
Este quadro é utilizado com o objetivo de manter todas as pessoas informadas de qual o planejamento de produção para um determinado período. Além disso são informados o status da atividade (se ela foi concluída ou não), quais os obstáculos encontrados, entre outros.
Programação Heijunka
O “heijunka box” é um quadro no qual programam-se as ordens de produção por processo em função do tempo. Na prática, vamos “preencher” todo o tempo de trabalho com alguma ordem para que não haja nenhum tempo vago.
Sendo assim, conforme o dia ou o horário em que estamos, podemos observar se a ordem programada para o momento está sendo executada, atrasada ou adiantada.
Cada ordem de produção representa um lote e um dos objetivos da utilização do heijunka é diminuir o tamanho dos lotes na medida do possível para que apliquemos o just-in-time e evitemos os desperdícios ao máximo.
Kanban
Em japonês, kanban significa “cartão”, e serve para sinalização de uma necessidade ressuprimento de determinado item em um estoque.
O quadro kanban divide o estoque (supermercado) em níveis, onde o vermelho representa estoque de segurança, amarelo o tempo de espera do lote e verde o tamanho do lote.
Cada cartão representa uma um lote predefinido do item que ele acompanha. Quando este lote é retirado do estoque, o cartão que o acompanha é colocado no quadro kanban, sinalizando uma necessidade de reposição ou produção do item.
O uso destes cartões é uma das formas de se aplicar o conceito de produção puxada. Isso é possível graças à quantidade limitada de cartões no sistema. No kanban devemos incluir informações como nome da peça, quantidade de peças que o cartão representa, código, desenho (se necessário) e processos nos quais o produto é transformado.
O kanban pode ser utilizado para:
- Reposição de peças
- Produção de peças
- Gestão de projetos
Organização e Identificação das Áreas
São técnicas utilizadas para delimitar e identificar áreas para padronizar a forma de organizar a fábrica.
Demarcações de piso
São marcações feitas no chão, geralmente com fita emborrachada ou tinta, onde o objetivo é delimitar as áreas principalmente de:
- Corredores de movimentação de empilhadeiras ou pessoas
- Locais de armazenamento
- Segurança ou prevenção de incêndio
Placas
São placas adesivas ou impressas em chapas, utilizadas para identificação de uma área. Elas geralmente complementam as demarcações de piso indicando qual o material referente à área demarcada. Porém, também podem ser suspensas em cabos ou correntes sobre os setores.
Etiquetas de identificação
São etiquetas geralmente adesivas utilizadas para:
- Identificação de produto
- Identificação de armários ou prateleiras
- Separar produto conforme e não conforme
Sistema Andon
É um sistema de gestão a vista caracterizado pela utilização de sinais luminosos ou sonoros para indicar perda de produtividade ou falha no produto ou processo.
O sinal pode ser ativado automaticamente com uso de sensores e outras tecnologias ou manualmente pelos operadores.
Geralmente, a cor vermelha é utilizada para sinalizar uma falha e a luz verde ou branca para indicar um processo operando normalmente.
O andon também é muito utilizado para comunicação de necessidades de suprimentos ou para aplicar a cadeia de ajuda, uma vez que um sinal luminoso aparece na sala da manutenção ou da gerência.
Esta ferramenta é um dos pilares do jidoka, uma vez que ele torna o problema visual de forma rápida.
Confira um exemplo de área que utiliza os conceitos de gestão visual citados neste artigo.
![](https://geracaolean.com.br/wp-content/uploads/2022/07/Gestao-visual-2-1024x576.png)
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